Projetado por Oscar Niemeyer em forma de
maloca redonda dos índios Yanomami, o Memorial dos Povos Indígenas foi
construído em 1987, com financiamento da Fundação Banco do Brasil, em
terreno doado pela TERRACAP no Eixo Monumental Oeste, localidade
privilegiada de Brasília.
Pela sua localização e importância arquitetônica, antes de abrir como
Memorial dos Povos Indígenas, o prédio foi transformado em museu de
arte moderna e inaugurado com uma exposição do artista venezuelano
Armando Reverón.
Inconformados com a perda do prédio, os lideres indígenas, apoiados
por diversos representantes da comunidade brasiliense, incluindo
intelectuais, artistas e outros simpatizantes da causa, iniciaram longa
campanha para retomar o espaço. Os pajés fizeram suas “rezas” para
proteger o local e impedir o seu funcionamento até que o prédio fosse
designado novamente como museu indígena.
Apesar de vários projetos terem sido elaborados para o seu
funcionamento, o prédio permaneceu desativado e em 1989 foi transferido
para o Poder Federal. Ainda assim, permaneceu fechado durante muitos
anos.
Em março de 1995, o espaço retornou à administração do Distrito
Federal e iniciaram-se as obras de recuperação. Em 19 de abril daquele
ano, o “Dia do Índio”, representantes das tribos Karajá, Kuikuro, Terena
e Xavante realizaram cerimônia especial para comemorar o
restabelecimento do espaço como Museu do Índio.
Estava presente o antropólogo Darcy Ribeiro, um dos seus maiores
idealizadores e defensor da causa indígena. Mesmo assim, o prédio
continuou fechado pela maior parte do tempo e com aparência de abandono.
No dia 20 de abril de 1997, o corpo do índio Gaudino Pataxó,
assassinado por jovens de Brasília, foi velado no local.
O Memorial dos Povos Indígenas somente começou a funcionar de forma
definitiva a partir do dia 16 de abril de 1999. Desde então, o Memorial
permanece aberto ao público, recebendo visitantes de todos os estados do
Brasil e do exterior.
Aberto ao público diariamente, o Memorial empenha-se hoje em
organizar regularmente exposições, eventos e apresentações indígenas. O
ápice da programação é sempre o Dia do Índio (19 de abril), que, todos
os anos, é comemorado com uma semana de atividades variadas, com
exposições especiais, palestras, debates, apresentações e muitas
visitas.
Data: Aberto de terça a sexta-feira, das 9h às 18h, e sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h. Entrada franca.
Local: Eixo Monumental, Brasília